O surf teve importantes acontecimentos desde o dia
em que um cara chamado Tom Blake
pregou uma quilha no seu pranchão de madeira em 1935, até os anos 1980 quando o
pesadão Simon Anderson chocou o
mundo ao colocar uma terceira quilha e rabiscar linhas verticais de surf que
apenas os skatistas de rampa faziam,
e o surf nunca mais foi o mesmo.
Monoquilha, biquilha e triquilha!
Realmente, grandes marcos na evolução do surf; mas é difícil imaginar que já
houve um mundo sem cordinha. Muita gente surfou sem cordinha até que em 1971 o
californiano conhecido por *Pat,
cansado de ver suas pranchas sendo destruídas nas pedras de Steamer Lane, em Santa Cruz, inventou
uma solução ao amarrar um extensor cirúrgico na mão e na quilha. O cara ficou
tão empolgado com sua invenção que desembarcou no tradicional campeonato Malibu Invitation com dezenas de
cordinhas e ofereceu aos competidores. Antes, porém, Pat fez uma demonstração
na sua bateria e foi ridicularizado na locução, acabando desclassificado por
usar o que foi chamado de corda de “prego” (kooks Cord), e ninguém aderiu. Pelo
menos não naquele dia...
Houve uma longa discussão sobre o assunto depois do
ocorrido em Malibu. “Xiitas” do surf apregoavam que se você não tem competência
pra não perder a prancha não deveria estar dentro d’água.
Caras como Peter
Cole ainda dizem que a invenção da cordinha "arruinou o surf" e muitos dos praticantes de tow in "mal sabem surfar". Pioneiro do North Shore nos anos 1950, quando se
mudou da Califórnia para a Hawai para dar aulas de Matemática e dropar as
maiores ondas que pudesse encontrar, ele tem moral mais do que suficiente para
fazer afirmações como estas. Até hoje, aos 75 anos de idade, ele surfa numa Sunset 12 pés sem cordinha. E não
pretende parar tão cedo.
Peter Cole surfando aos 75 anos sem cordinha. |
E você, o que acha?
O fato é que alguns meses depois da polêmica em
Malibu, o mundo inteiro começava a aderir à cordinha, e sem ela, dificilmente
existiriam surfistas como Krystian Kymerson, porque sem a cordinha não existiriam surfistas radicais e
voadores como ele. Também não existiria o surf tubular em bancadas assassinas.
Enfim, sem a cordinha o surf não seria tão divertido e seguro como é
atualmente.
Reza a lenda que um famoso surfista, logo nos primeiros
floaters de sua vida, perguntou para
um veterano se o nome da parada que prende a cordinha era leash ou slash. Não
sabemos se rolou uma gozação, mas concordamos que Slash é o cara da guitarra que nos manteve presos ao rock do Guns N' Roses e de que o nome correto é leash
ou estrepe, como é mais conhecido no Brasil.
A gente não poderia falar do Slash sem deixar um video
Cuide bem do seu Estrepe
O leash
também precisa de alguns cuidados. Passe uma água nele e o armazene com o
velcro para não grudar sujeira e outras coisas, como pelos, por exemplo. Assim,
ele não perde sua durabilidade. Quando estiver faltando a cordinha que prende o
leash na prancha,Utilize a corda de varal, mas não aquela corda
vagabunda e sim uma de qualidade que é mais macia e resistente. Coloque essa cordinha de um tamanho pequeno,
para não atingir a ponta da rabeta da prancha, pois uma cordinha muito grande
vai chegar até a ponta da rabeta e com o tempo vai danificá-la.
Na UOT dos shoppings da grande Vitória voce encontra as melhores marcas de estrepe...ou leash, para seu surf seguro e divertido.
Boas ondas!
*Pat, o inventor do Leash, é filho de
Jack O’Neill, criador das roupas de borracha e da marca que leva o seu nome.
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