segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Leash ou slash?



O surf teve importantes acontecimentos desde o dia em que um cara chamado Tom Blake pregou uma quilha no seu pranchão de madeira em 1935, até os anos 1980 quando o pesadão Simon Anderson chocou o mundo ao colocar uma terceira quilha e rabiscar linhas verticais de surf que apenas os skatistas de rampa faziam, e o surf nunca mais foi o mesmo.

Monoquilha, biquilha e triquilha! Realmente, grandes marcos na evolução do surf; mas é difícil imaginar que já houve um mundo sem cordinha. Muita gente surfou sem cordinha até que em 1971 o californiano conhecido por *Pat, cansado de ver suas pranchas sendo destruídas nas pedras de Steamer Lane, em Santa Cruz, inventou uma solução ao amarrar um extensor cirúrgico na mão e na quilha. O cara ficou tão empolgado com sua invenção que desembarcou no tradicional campeonato Malibu Invitation com dezenas de cordinhas e ofereceu aos competidores. Antes, porém, Pat fez uma demonstração na sua bateria e foi ridicularizado na locução, acabando desclassificado por usar o que foi chamado de corda de “prego” (kooks Cord), e ninguém aderiu. Pelo menos não naquele dia...

Houve uma longa discussão sobre o assunto depois do ocorrido em Malibu. “Xiitas” do surf apregoavam que se você não tem competência pra não perder a prancha não deveria estar dentro d’água.

Caras como Peter Cole ainda dizem que a invenção da cordinha "arruinou o surf" e muitos dos praticantes de tow in "mal sabem surfar". Pioneiro do North Shore nos anos 1950, quando se mudou da Califórnia para a Hawai para dar aulas de Matemática e dropar as maiores ondas que pudesse encontrar, ele tem moral mais do que suficiente para fazer afirmações como estas. Até hoje, aos 75 anos de idade, ele surfa numa Sunset 12 pés sem cordinha. E não pretende parar tão cedo.

Peter Cole surfando aos 75 anos sem cordinha.
E você, o que acha?

O fato é que alguns meses depois da polêmica em Malibu, o mundo inteiro começava a aderir à cordinha, e sem ela, dificilmente existiriam surfistas como Krystian Kymerson, porque sem a cordinha não existiriam surfistas radicais e voadores como ele. Também não existiria o surf tubular em bancadas assassinas. Enfim, sem a cordinha o surf não seria tão divertido e seguro como é atualmente.

Reza a lenda que um famoso surfista, logo nos primeiros floaters de sua vida, perguntou para um veterano se o nome da parada que prende a cordinha era leash ou slash. Não sabemos se rolou uma gozação, mas concordamos que Slash é o cara da guitarra que nos manteve presos ao rock do Guns N' Roses e de que o nome correto é leash ou estrepe, como é mais conhecido no Brasil.

      A gente não poderia falar do Slash sem deixar um video

Cuide bem do seu Estrepe

O leash também precisa de alguns cuidados. Passe uma água nele e o armazene com o velcro para não grudar sujeira e outras coisas, como pelos, por exemplo. Assim, ele não perde sua durabilidade. Quando estiver faltando a cordinha que prende o leash na prancha,Utilize a corda de varal, mas não aquela corda vagabunda e sim uma de qualidade que é mais macia e resistente.  Coloque essa cordinha de um tamanho pequeno, para não atingir a ponta da rabeta da prancha, pois uma cordinha muito grande vai chegar até a ponta da rabeta e com o tempo vai danificá-la.

Na UOT dos shoppings da grande Vitória voce encontra as melhores marcas de estrepe...ou leash, para seu surf seguro e divertido.


Boas ondas!

*Pat, o inventor do Leash, é filho de Jack O’Neill, criador das roupas de borracha e da marca que leva o seu nome.

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