quarta-feira, 18 de março de 2009

Marcha Mundial pela Paz

É possível construir um mundo sem violência? O movimento do humanismo universal acredita que sim e, inspirado por ele, a ONG Mundo sem Guerras conclama todos a realizar uma grande marcha pela paz por todo o planeta.

A Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência parte da Nova Zelândia no dia 2 de outubro de 2009, Dia Internacional da Não-Violência, e chega à Cordilheira dos Andes, em Punta de Vacas, Argentina, aos pés do Monte Aconcágua, no dia 2 de janeiro de 2010.


A manifestação servirá para mostrar a força e a união de todos que desejam o fim das agressões e dos investimentos em armamentos. “Eliminar as guerras e a violência significa sair definitivamente da pré-história humana e dar um passo gigante no caminho evolutivo de nossa espécie”, diz o manifesto publicado no site da ONG, o qual também destaca o fato de que a fome no mundo poderia ser resolvida com 10% do que se gasta com armamentos atualmente.


O trajeto completo da marcha será percorrido nesses 90 dias por um grupo básico de cerca de 100 pessoas de diversas nacionalidades. Elas passarão por mais de 90 países e 100 cidades, nos cinco continentes, atravessando todos os climas e estações, desde o verão tórrido de zonas tropicais e de desertos até o inverno siberiano.


O percurso por terra cobrirá 160 mil quilômetros. Alguns trechos serão percorridos por mar e por ar. Os manifestantes chegarão ao Brasil por Manaus, no Amazonas, em 18 de dezembro, descerão pelo litoral e entrarão para o interior, até Curitiba e Foz de Iguaçu, no Paraná.



Nas cidades por onde passarem, serão organizados fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos (esportivos, culturais, sociais, musicais, artísticos, educativos etc.), iniciativas espontâneas e abertas à participação de todos. Adesão livre “É uma marcha das pessoas e para as pessoas, que pretende chegar à maioria da população mundial”, declararam os participantes do Comitê do Centro, na cidade de São Paulo, durante reunião de planejamento realizada em 4 de março.


Há grupos de apoio e promoção da Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência formados em diversas partes do mundo. Qualquer pessoa interessada pode formar um comitê para divulgar a manifestação localmente e organizar os eventos que apoiarão sua passagem. Para tanto, basta ter um espaço físico, com pessoas disponíveis para dar informações e atender os contatos de interessados em participar. As adesões podem ser de pessoas físicas, empresas, organizações e governos e podem ocorrer pela internet, no site internacional do evento – ou no site brasileiro do evento.


Toda contribuição é bem-vinda, seja a divulgação do evento por meio eletrônico, seja a organização de um passeio ciclístico ou de um grande show para reunir as pessoas em torno da causa. A proposta recebe novos apoios a cada dia e já conta com nomes do peso, como os brasileiros Rubem Alves, Leonardo Boff e a Monja Coen e o indiano Arun Gandhi, presidente do Instituto de Educação Mundial Gandhi e neto de Mahatma Gandhi. “Com prazer dou meu apoio à Grande Marcha pela Paz. É um primeiro passo”, declarou Arun Ghandi. “Mas deve-se reconhecer que a paz não é a ausência da guerra e da violência. Ela é também, ou mais ainda, a ausência de exploração e opressão de todos os tipos, e será obtida apenas quando existir harmonia dentro de nós mesmos e na sociedade”.


Os participantes se sentem entusiasmados e acreditam que o movimento permitirá que as vozes que pedem a paz e o desarmamento sejam ouvidas e atendidas pelos governos e combatentes ainda envolvidos em conflitos internos e externos.

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