quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alerta ! Supérfluos – Alimentos que fazem mal a saúde ganham espaço no prato dos brasileiros




Estudo encomendado para avaliar o crescimento do poder aquisitivo da população brasileira. constatou o aumento de supérfluos dentro do carrinho de compras do brasileiro, principalmente entre as classes C, D e E.

O excelente artido é do site ColetivoVerde.

A grande notícia era que o arroz e o feijão passaram a dividir espaço com produtos considerados supérfluos. Os comentários dos leitores, então, continham absurdos como: “o aumento do poder aquisitivo da população brasileira abriu espaço para alimentos mais práticos e gostosos”, ou pior, “o novo consumidor está cada mais exigente querendo trazer para si alimentos mais saborosos, saudáveis, de preparo fácil e rápido, de qualidade assegurada, sustentáveis e éticos”. “Saborosos e saudáveis”, alimentos carregados de aditivos químicos que sabidamente fazem mal à saúde? “Sustentáveis e éticos”, alimentos que poluem e fazem propaganda enganosa? “Práticos”, sem dúvida, mas exercem sua função de alimentar?

A falta de conhecimento é assustadora, o consumismo é fator determinante da felicidade. E isso não acontece somente com alimentos, precisamos dos eletrônicos mais modernos, do carro do ano, da roupa de marca, do tênis da moda. É o culto ao ter, e não ao ser. Isso me faz pensar, também, que a leitura dos rótulos dos alimentos e seu entendimento é condição obrigatória para quem se procupa com qualidade e quantidade de Vida.

Mas não basta ler, é preciso entender. Ah, é preciso também de óculos ou lupa, pois o que realmente é importante, muitas vezes está em letras bem pequenas e num lugar bem escondidinho. Os produtos que utilizam matéria-prima transgênica, por exemplo, deveriam ter o selo de identificação bem visível, certo? Não é o que acontece com um certo amido de milho utilizado para fazer mingauzinho de bebê, que tem o selo bem pequeno e discreto, no cantinho inferior da frente da embalagem.

A Mídia aponta diariamente para os problemas de saúde causados pela alimentação errada. Ensina a ler nos rótulos, a verificar a quantidade de gordura, de sódio, de colesterol. Mas e do que é feito esse alimento? Quais são os ingredientes que o compõe?Ao fazermos um bolo em casa, precisamos antes separar os ingredientes que a receita pede. A farinha, o açúcar, os ovos, o fermento, a manteiga. O alimento industrializado, além desses ingredientes básicos, tem em sua composição uma série de aditivos químicos que acrescentam sabor, cor, aroma e prolongam a vida na prateleira do supermercado. Bom para o fabricante, bom para o ponto de venda. Mas, será bom para o consumidor?

O alimento perdeu sua energia, não tem mais muitas de suas propriedades naturais, tornou-se meio que “plastificado”. Pode, entre outras coisas, causar reações alérgicas. Claro que, muitas vezes, não conseguimos escapar dos industrializados. A saída é a leitura consciente dos rótulos, comparação entre marcas e escolha por aquelas que apresentam menor número de aditivos químicos. Lembrete: nem sempre as marcas “Mãe” – aquelas que a gente aprende a admirar desde criança –, são as melhores. Vide a fabricante do amido de milho a que me referi anteriormente.

Outra informação importante, se levarmos em conta a vitalidade do alimento, é a Data de Validade. Sua real leitura deveria ser: “há quanto tempo este alimento está morrendo?”. Consumam alimentos frescos, orgânicos, e se não for possível, optem pelo alimento com maior prazo de validade, os mais próximos da data de preparação. Fujam dos grandes descontos de produtos com prazo de validade perto do vencimento. Você não está fazendo um grande negócio para sua saúde, tenha certeza.

Usamos como pretextos para utilizar os industrializados a praticidade e a falta de tempo, mesmo sabendo que os alimentos frescos é que trazem a vitalidade necessária para que a máquina chamada corpo humano funcione perfeitamente. Vale a pena separar um tempinho para cuidar da nossa alimentação.

Frutas são ótimos lanches, iogurtes caseiros idem, assim como biscoitos e bolos feitos em casa com carinho e ingredientes de qualidade. Temos um post falando sobre Hora do Lanche, com alternativas bem legais. Veja também o post Troca com Troco, que ensina a fazer o iogurte em casa.

Uma salada simples, que, além de linda, tem tudo o que é necessário para uma refeição completa, saudável e que mantém a forma.

Salada Saudável e Saborosa

Ingredientes:

Alface lisa orgânica
Alface roxa orgânica
Alface mimosa orgânica
Tomate orgânico cortado em pétalas
Azeitonas pretas
Queijo branco ou curado em cubinhos
Maçã, manga, melão, carambola ou kiwi cortados em cubinhos
Cebola raladinha (para quem gostar)

Modo de preparar:

Lave bem as folhas e deixe 15 minutos de molho numa solução de água e vinagre de maçã. Escorra e seque bem.
Arrume numa travessa as folhas de alface lisa e roxa de modo que fiquem intercaladas, uma lisa, uma roxa em camadas. Coloque as folhas de alface mimosa entre as camadas, para ficar bem bonito e dar leveza. Os demais ingredientes serão colocados nos espaços entre as folhas.
Na hora de servir, tempere com azeite extra virgem, vinagre de maçã ou limão, sal marinho e sementes de mostarda. Coloque por cima croutons temperados na manteiga e orégano ou castanhas picadinhas para dar uma crocância. Fica uma delícia.

Variações:

Pode ser feita com qualquer tipo de folha: alfaces lisas, americanas, crespas verdes e roxas, frisantes, romanas. Almeirão, agrião, escarola, mostarda, endívias, radicchio, rúcula (mini, rendada, comum), folhas novas de espinafre, erva-doce, catalonia.
Acrescente tomates, tomates-cereja, pepinos, rabanetes, cenouras, beterraba, pimentões.
Se desejar, junte legumes cozidos, refogados, grelhados ou assados (berinjelas, pimentões, abobrinhas, abóboras, brócolis ou couve-flor).
Varie também no corte dos legumes (cubinhos, rodelinhas, palitinhos).
As frutas também são bem-vindas e dão um toque especial nas saladas. Manga, maçã, mexerica, melão, pêra, uvas, kiwi, carambola.
Os queijos são bons acompanhantes para as saladas: queijo branco, meia cura, mussarela, parmesão, roquefort ou gorgonzola.
Temperos: acrescente mostarda ou iogurte para dar novo sabor à salada.
O melhor desta salada é que ela pode perfeitamente ser levada para o almoço no escritório. É só levar o tempero separado e colocar na hora. A “versão sanduíche” também é bem interessante: pense em tudo isso entre duas fatias de pão caseiro integral. Se tiver uma berinjela temperadinha fica demais!

Ainda com relação à notícia, acho que cabe a nós sermos modelos ao fazermos escolhas mais cuidadosas dos nossos alimentos, ajustadas às nossas convicções de Vida para o Ser Humano e para o Planeta. Só assim, poderemos dizer de fato que estamos consumindo conscientemente –produtos de qualidade, sustentáveis e éticos.

Sobre a autora:

Nadia Cozzi
Nadia Cozzi ( @nadiacozzi )
Consultora em Alimentação Consciente e idealizadora do Instituto Pedro Cozzi - Espaço DAR VIDASite: http://alimentopuro.synthasite.com

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